Efeitos do uso de drogas na gravidez

                             
Durante todo o período gestacional existe uma íntima relação entre a mãe e seu bebê. A dependência e o contato são gigantescos já que tudo, literalmente tudo que ocorre com a mãe é passado diretamente ao feto. A relação e a cumplicidade durante os nove meses são extremamente fortes emocionalmente e fisicamente falando. O desenvolvimento correto do feto se dá como um dos fatores de suma importância a passagem de nutrientes que ocorre através da placenta e do cordão umbilical, levando ao bebê tudo que a mãe esta ingerindo. É indicado sempre as gestantes cuidados na alimentação, ingerir alimentos corretos e saudáveis é muito benéfico ao bebê. Porém, em muitos casos isso não acontece, e agravando a situação muitas mulheres fazem o consumo de droga durante a gravidez.

O consumo de drogas sejam elas lícitas ou não, causam danos ao desenvolvimento e crescimento do feto, e mais podem perpetuar até em novas doenças já após o nascimento do bebê, já que este vem de um histórico de consumo indireto dessas substancias que tanto fazem mal aos adultos, que dirá a um bebê em pleno desenvolvimento e maturação.


DROGAS LICITAS
Drogas licitas são substancias que podem ser produzidas e comercializadas sem nenhum tipo de restrição, mesmo causando sérios danos elas são comercializadas livremente e aceitas pela sociedade que muitas vezes “fecha os olhos” aos danos e prejuízos que são consequências do consumo. Mas comumente falando álcool e tabaco, mas ainda há substancias como cafeína, anabolizantes, medicamentos sem prescrição médica.

     Álcool: o consumo de álcool no que desrespeito a gravidez é prejudicial tanto para o feto quanto para mãe. Ainda não foi constatado se existe uma margem para consumação segura desse tipo de droga, então o mais aconselhável é a completa abstinência durante toda gestação.
O álcool possui capacidade de passar pela placenta, que estudos iniciais diziam ser apenas uma barreira de proteção contra danos, mas agora comprova-se sua ‘permeabilidade’ para passagem de nutrientes. Os danos causados ao feto foram descritos inicialmente na França sendo chamado de Síndrome fetal alcoólica. Essa doença causa má formação no feto, como retardo do crescimento intrauterino; há alterações durante a formação da face como nariz achatado, pálpebras pequenas, orelhas baixas, lábio superior muito fino e outros; acarreta problemas neurológicos como déficit de atenção e hiperatividade; além disso filho de mães alcoólicas tendem a ter mais chance de se tornarem consumidores compulsivos de álcool; e assim como as demais drogas os recém-nascidos choram muito, se irritam com facilidade e podem até tremerem ao ouvirem barulhos, fato esse que possivelmente se deve a abstinência, pois é como se o bebe nascesse indiretamente viciado nessas drogas.

     Tabaco: a nicotina e o monóxido de carbono substancias presentes no cigarro também passam com facilidade pela barreira placentária. A nicotina está relacionada a vasoconstrição (diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos), incluindo os vasos que estão no cordão umbilical o que irá a afetar a passagem de sangue, oxigênio e também de nutrientes (alimentos). O monóxido de carbono tem afinidade para se ligar a hemoglobina, não ocorrendo a ligação nesse caso com o oxigênio diminuindo a oferta do mesmo, causando a chamada hipoxemia fetal.
Permanecer fumando após o nascimento do bebê também é prejudicial, pois as substancias presentes no cigarro passam para o leite materno, sendo que este também é prejudicado com a diminuição na sua produção.

                      

DROGA ILÍCITAS
Oposta as licitas, drogas ilícitas são proibidas de serem produzidas, consumidas e comercializadas. As substancias denominadas ilícitas podem variar dependendo do país a qual se refere, devido a cultura e a aceitação desses produtos. Porém, são distintas por possuírem características que afetam o sistema nervoso central SNC, com características depressivas e perturbadoras. São elas:  maconha, cocaína, crack, ecstasy, LSD, inalantes, heroína, barbitúricos, morfina, skank, chá de cogumelo, anfetaminas, ópio e outras.
Essas substancias são comercializadas através do tráfico, onde de forma ilegal se tem acesso a elas, e que afetam de forma drástica os usuários e no caso das gestantes de forma grave os bebês.

     Cocaína: foi considerada o primeiro anestésico local (bloqueio da receptação pré-sináptica de neurotransmissores), é um tipo de droga onde a dependência é gradativa, já que seu uso continuo faz com que o indivíduo use cada vez mais para ter os mesmos efeitos do início.
Os efeitos ao bebê são os mesmos efeitos tóxicos que ocorrem coma mãe. Pode ocorrer o risco de descolamento de placenta, no início da gravidez pode ocorrer abortos espontâneos, no final pode ser que se tenha um parto prematuro. Além disso, não é comprovado que o bebê nasça com algum tipo de anomalia, mas em filhos de usuárias de cocaína esse risco acaba por aumentar, anomalias como as cerebrais, na face, nos olhos, no coração, no intestino e nos órgãos genitais do bebê.
Ocorre ainda no recém-nascido o processo de abstinência a droga, onde o bebê aparenta estar constantemente desconfortável e se assusta mesmo com o mínimo de barulho possível.

     Maconha: pode-se dizer que é a droga ilícita mais consumida. Sua relação com o feto não é tão fácil de ser definida pois, muitas vezes é associada ao uso de outras drogas. Mas, ela é caracterizada pela grande facilidade de passar pela placenta, diminuindo a perfusão uteroplacentária o que prejudica o crescimento fetal, além de que seu uso pode levar ao retardo da maturação do sistema nervoso, distúrbios neurocomportamentais precoces.

Por fim, o consumo de qualquer tipo de droga é prejudicial para adultos e muito mais para quem está em estágio de formação, desenvolvimento e crescimento físico e mental. Filhos de mulheres viciadas carregam consigo durante muito tempo, e até pela vida toda marcas dos erros alheios o que dificulta seu desenvolvimento social e comportamental. Crianças que foram viciadas indiretamente tendem a ter dificuldade de se desenvolver e relacionar e um risco maior a se tornarem verdadeiramente viciados no futuro. É sempre importante pensar no próprio bem estar e ainda mais quando uma nova vida depende intimamente das escolhas feitas por outros, sendo assim, ele se torna um alvo das reações provenientes das mais variadas escolhas, sejam elas boas ou não.  
                
          


Fontes:
http://brasilescola.uol.com.br/drogas/drogas-ilicitas.htm
http://www.revistas.usp.br/acp/article/viewFile/17181/19188
http://inmulieribus.blogspot.com.br/2011/07/os-efeitos-das-drogas-durante-gravidez.html
http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/atualizacoes/ps_019.htm
http://www.antidrogas.com.br/mostraartigo.php?c=2619&msg=Drogas%20na%20gravidez%20podem%20causar%20problemas%20ao%20beb%EA
http://brasil.babycenter.com/a4700037/drogas-na-gravidez
http://g1.globo.com/bemestar/blog/1000-dias/post/saiba-os-riscos-do-uso-de-alcool-cigarro-e-drogas-na-gestacao.html
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